Cadeia produtiva do coco busca alternativas a importados

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Setor pede apoio para adoção de critérios na entrada de produto e derivados no país

Petrônio Viana

O aumento desenfreado do volume de importação pelo Brasil de coco ralado e água de coco de países como a Indonésia e as Filipinas tem gerado impactos negativos na cadeia produtiva em todo o Nordeste, especialmente em Alagoas. Para discutir alternativas para o impasse, dirigentes de entidades representativas do setor, técnicos, pesquisadores e produtores participaram do debate Estratégias para o Fortalecimento da Cadeia Produtiva do Coco.

O evento ocorreu na sede da Federação de Agricultura e Pecuária de alagoas (Faeal), promovido pelo governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Pesca e Aquicultura (Seapa).

Segundo o presidente do Sindicato dos Produtores de Coco do Brasil (Sindcoco), Francisco de Paula Porto, entre 2010 e 2014, o Brasil registrou um aumento de quase 400% nas importações de coco ralado, e de 300%, entre 2012 e 2014, nas importações de água de coco. Porém, de acordo com Porto, o produto estrangeiro estaria sendo comercializado no país fora das especificações impostas ao produto nacional, o que tornaria desleal a concorrência entre os produtores brasileiros e estrangeiros.

“Buscamos  o apoio do governo de Alagoas junto a sua bancada federal para que sejam aplicados aos países exportadores os mesmos critérios de qualidade e a mesma fiscalização a que os produtores nacionais são submetidos, com o credenciamento das empresas exportadoras dentro das exigências brasileiras. A legislação brasileira não faz qualquer exigência, nem fiscaliza o coco ralado ou a água de coco importada. O que vale é o certificado de origem“, explicou o presidente do Sindcoco.

Em Alagoas, o resultado é a queda na produção, com a diminuição das áreas plantadas e o prejuízo financeiro, principalmente para o pequeno agricultor, que não consegue comercializar o produto.

O secretário de Estado da Agricultura, Pesca e Aquicultura (Seapa), Álvaro Vasconcelos, garantiu esforços no sentido de minimizar os impactos sofridos pelo setor.

“Em Alagoas, dos três mil e quinhentos produtores de coco, três mil são pequenos agricultores. Já fomos um dos maiores produtores do Brasil e precisamos resgatar a cultura. Vamos somar esforços para criar uma frente interestadual para encaminhamento de demandas. Entregarei pessoalmente  as reivindicações à ministra Kátia Abreu (Agricultura).  O assunto também será tratado junto ao Fórum Nacional de Secretários de Agricultura, para que sejam analisadas as medidas capazes de coibir a importação fora dos padrões”, afirmou Vasconcelos.

Fonte: http://agenciaalagoas.al.gov.br/

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