Agricultores contratam funcionários para fazer a colheita de coco em SE

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Aproximação do verão provocou aumento na procura pelo coco no estado.
Mas na Bahia, frutos apodrecem nas propriedades por falta de comprador.

Com a aproximação do verão, a temperatura sobe e há aumento da procura pela água de coco. Em Sergipe, os agricultores que apostaram no cultivo do fruto estão contratando mais funcionários para dar conta de tanta demanda.

Os caminhões estão carregados e há muito trabalho no campo. A chegada da temporada de calor acelera a produção de coco verde anão. No município de Neópolis, funciona um projeto de irrigação implantado pelo governo do estado. A água que garante o desenvolvimento dos frutos vem do Rio São Francisco.

A área de cultivo de coco verde chega a 1,4 mil hectares. Nesta época, a produção passa de um milhão de frutos por mês na propriedade com 115 mil pés de coqueiro anão. Com o aumento nas vendas cresce também o número de contratações. Em uma das propriedades da região trabalham hoje cem pessoas. Mas a expectativa é contratar entre 20 e 30 novos funcionários nos próximos meses. O coco está sendo vendido por R$ 0,50 a unidade. A expectativa dos agricultores é que o preço dobre até o final do ano.

Mas a situação para quem produz coco não é tão boa na região de Juazeiro, na Bahia. Sem comprador, os frutos estão apodrecendo nas propriedades. Essa é a situação do lote de sete hectares do agricultor Francisco de Jesus. A safra do terceiro trimestre deste ano, que deveria ter sido colhida e vendida para outros estados do Nordeste e do Sudeste, ficou na roça por causa do baixo preço do produto nesta época do ano.

A queda no preço do coco entre os meses de julho, agosto e começo de setembro já era esperada. Mas este ano o valor baixou tanto que muitos agricultores preferiram perder a produção a ter que pagar para colher os frutos.

“Particularmente, aqui no perímetro existia uma agroindústria. Nessa época, eles entregavam coco para essa agroindústria. No ano passado, essa agroindústria fechou. De agora em diante, os preços vão melhorar. Eles têm que descartar o coco que já amadureceu para que os próximos venham com qualidade melhor”, explicou o agrônomo Flávio Bastos.

A Bahia, principal produtor nacional de coco, responde por 29% da safra. Sergipe é o terceiro, com 12%.

Fonte: http://g1.globo.com/